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Olhos sobre tela

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existem muitos discursos prontos, alguns até muito bons, sobre o que devemos fazer com a quantidade de lembranças que carregamos no peito — ou não tão no peito assim, a gente sabe.
calma, fui rápido demais. começarei dizendo que eu gosto de acreditar que somos formados não só pelas escolhas conscientes e não conscientes que fazemos no decorrer de nossas vidas, mas também pelas experiências que temos com os mais variados assuntos. as boas e as ruins — as ruins mais ainda, porque são as que nos forçam a rever comportamentos e crenças. e é sempre bom rever essas crenças.
agora sim, existem muitos discursos prontos nos dizendo o que devemos fazer com todas essas lembranças para tirar apenas o que é bom de cada uma delas.

alguns desses discursos, os que eu mais gosto, tratam essa quantidade de memórias como obras em um museu — eu gosto porque a metáfora é péssima, e eu amo metáforas péssimas. mas ela é um ótimo lembrete de como podemos tratar as memórias geradas por essas experiências.
“na parede da memória, essa lembrança é o quadro que dói mais.” a elis também gostava desse discurso.
vira e mexe eu me pego fazendo visitas solitárias e guiadas em meu museu de memórias, eu mesmo sou o guia e talvez por isso algumas delas doam especialmente mais.
acontece com todo mundo, quando a gente passa por um lugar em que vivemos coisas muito legais, quando ouvimos uma música que embalou um ótimo momento, quando sentimos um cheiro específico.
o olfato é o único sentido que vai direto pro nosso córtex frontal, por isso todas as memórias atribuídas a ele são fortíssimas. mas eu não to aqui pra falar disso.
eu estou aqui para dizer que não sei se gosto mais de nos referirmos às lembranças como obras de arte antigas ou de avaliarmos cada uma pela sensação que ela nos traz. na parede da memória de elis aquela a qual ela tão lindamente cita é certamente a que dói mais. todo mundo tem uma que dói mais.
temos outras que nos alegram mais, também. as que nos aliviam. e as que ainda não desbotaram.
bauman disse que não importa o que você aprendeu sobre amor ou amar, sua sabedoria só pode vir depois de sua chegada, a do amor. e de sua partida, também, por que não? isso ele não disse mas eu gostaria de acrescentar.
porque quando decidimos pendurar essas lembranças em nossa parede é quando conseguimos olhar para ela com ares contemplativos e não mais com o sonho de retornar ao cenário em que ela foi pintada,
por isso todo esse processo é tão difícil.

quando conhecemos alguém ou passamos por algo marcante, nosso cérebro cria conexões novas; quando esse algo ou esse alguém não existe mais, essa parte do nosso cérebro deixa de receber estímulos sinápticos. a dor do luto é real, e luto não tem a ver só com a morte física.
tem a ver com o fim definitivo de qualquer coisa. com o fim de estímulos elétricos. com um apagão.
tem a ver com a escuridão que uma ausência deixa ali, em algum corredor do nosso museu.
todo mundo tem uma que dói mais. uma escuridão particular
que a gente recorta, emoldura, coloca num canto em destaque esperando o momento que um foco de luz, que só vem com o tempo, torne a deixá-la visível e possível de ser, enfim
contemplada.

olhos sobre tela.

qual é a sua?

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