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Eu e ELA

Foi no final de 2013 quando eu a vi pela primeira vez. ELA chegou em minha casa sem pedir licença e foi, aos poucos, mostrando seu jeito único de ser. Eu não a conhecia, nem se quer tinha ouvido seu nome, um tanto quanto complicado, confesso. Não foi à toa que acharam mais prático abreviá-lo. Eu não estava sozinha: ninguém sabia quem era ELA. Nenhum dos meus amigos, nenhum dos meus familiares. Isso porque ELA é rara e não aparece para qualquer um. Éramos únicos em muitos; poucos no todo. Podia ser a loteria, mas era ELA.

Além das peculiaridades, ELA tem uma irritante mania de jamais ir embora. Se ELA gostar de você, será como a Morte — aquela dos desenhos, que anda com uma capa preta e um cajado, lembra? — caminhado lado a lado contigo, até o fim. Em algumas famílias, ela se sente tão em casa que acompanha também os herdeiros, causando mais e mais tormento. Na minha, ELA gostou foi do meu pai.

Foi no final de 2013 quando ele a conheceu, quando estava prestes a completar 45 anos. Novo, né? ELA passou-lhe uma rasteira na saída do show do Iron Maiden e ele se esborrachou no chão. No dia seguinte, a mesma coisa. Fomos investigar, e foi um tombo bem maior quando ele descobriu a presença dELA. Mas, acalme-se, pois esta não é uma história tão triste assim. Quero dizer, para meu paizinho, não posso e nem ouso imaginar o quão dura foi essa queda. Mas esta é uma história sobre eu e ELA, e a nossa relação é dolorida, mas não é feita só de tropeços.

ELA já me fez chorar muito. ELA conseguiu me irritar e me fazer contestar muitas coisas, nesses quase três anos. ELA balançou a minha família e está exigindo da minha mãe, coitada, uma força que nem ela sabia que tinha. Mas ELA também nos uniu. ELA fez meu pai valorizar e apreciar cada momento de carinho entre a gente. ELA o fez aprender na marra a aproveitar cada dia como se não houvesse outro. ELA me fez entender o verdadeiro sentido de gratidão e a sentir em absolutamente tudo que eu faço: pelo simples fato de eu poder andar, comer e até coçar o meu nariz. ELA me fez viver e olhar a vida de uma maneira completamente diferente de tudo que eu havia feito.

E ELA também me fez parar. Me fez parar para pensar, parar de achar que ‘nunca vai acontecer comigo’. Parar para refletir sobre o clichê de que “a vida é agora” e porque essa frase é certa e errada ao mesmo tempo. Eu explico: a vida é agora, pois não tenho certeza do depois. Mas se esse depois acontecer, esse agora também existirá no depois e, então, também não podemos deixar de pensar no futuro, certo?! Acredito que essa foi uma das lições mais valiosas que ELA me ensinou: a como equilibrar presente, futuro e passado. Como saber enxergar os diferentes momento da vida e tirar o máximo de proveito, lições e memórias de cada um. Como planejar meus dias para que sejam produtivos, mas parando para apreciar aquele pedaço de bolo com café da padaria perto de casa.

Outra coisa boa que ELA me trouxe (mas confesso que ainda não consegui colocar 100% em prática) foi saber entender, respeitar e cuidar do meu corpo físico. Nada mais justo, depois de ver uma alma tão preciosa quanto a de meu pai ser traída por um corpo que parou de responder. Caí de cara na realidade de que nós somos alma em um corpo, mas o corpo é sim nosso templo, pois sem ele, a alma perde a vitalidade, se desprende e vai. Ele pode ser liberdade e prisão, pode ser ajuda e tortura, pode ser sua condenação. ELA me disse que é preciso saber cuidar antes que seja tarde.

Querendo ou não, ELA se tornou importante pra mim. Não foi uma importância equivalente a uma amizade, por exemplo, mas talvez como aquelas pessoas que o universo coloca em nosso caminho, por um determinado período de tempo, e que fazem uma grande mudança em nós. Tive algumas pessoas assim em minha vida, e com ELA não foi diferente, a não ser pelo fato dELA ainda não ter ido embora. Mas, quando for, irei agradecer. Por ter ido, e por ter aparecido também. Afinal, nada mudará caso eu decida sentir raiva, então prefiro apenas agradecer, pensando em todas as coisas boas que ELA me trouxe, até agora.

Não posso negar que ELA levou meu pai. Mas ele iria de qualquer jeito, algum dia, alguma hora. Sim, eu sei, é um pouco pesado eu falar desse jeito, mas por causa dELA, meu pai aprendeu a aceitar a morte, a lidar com ela e a se preparar para isso, e comigo não seria diferente. Eu pude aproveitar os últimos anos, meses e dias e tentar fazer com que tudo fosse o menos dolorido possível. Talvez, se fosse por algum acidente de carro, por exemplo, o choque teria sido maior, assim como os arrependimentos, a falta, a dor. Com ELA, tudo foi mais lento, mas também mais calmo e certeiro.

Sem mais ‘talvez’, termino com algumas certezas: sem ELA, eu, minha família e dezenas de espectadores dessa história, não seríamos as mesmas pessoas que somos hoje, pois ELA tocou o coração de todos. ELA abraçou meu pai e os dois, juntos, mudaram o mundo. O meu mundo e o mundo de todos à volta deles. ELA fez do meu pai um herói e fez, em mim, com a maior das certezas, muito mais do que eu consigo colocar em palavras.

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